terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tá aí! Um bom teste.


Depois de seu lançamento, em 2006, o mundo digital ainda não sabia como o Twitter seria explorado como rede social, principalmente por ter o limite de 140 caracteres por mensagem. O tempo passou e a ferramenta se popularizou na web, sendo capaz de mobilizar o mundo inteiro em torno de uma boa causa. É o que ocorre com o Twestival, movimento digital filantrópico que chega à segunda edição com voluntários em diversos países. O objetivo é reunir doações pela internet para organizações não governamentais (ONGs) de cada cidade que se candidatou.

Mas a iniciativa não se resume apenas ao ambiente digital. De 10 a 13 de setembro, ocorrerão os eventos presenciais nas cidades, quando serão encerradas as doações, e os valores, definidos. Em janeiro deste ano, ocorreu a primeira edição da iniciativa, que foi chamada Twestival Global. Pouco mais de 200 cidades contribuíram com cerca de US$ 250 mil para a ONG charity: water, instituição que promove projetos de distribuição de água potável em países em desenvolvimento.
No entanto, após o sucesso no início do ano, o festival ganhou novas características e passou a ser chamado de Twestival Local em sua segunda versão. Cláudia Catherine, coordenadora regional do Twestival no Brasil, explica a mudança: “Desta vez, a organização de Londres, na Inglaterra, decidiu que cada cidade poderia escolher a instituição beneficiada. O foco será uma instituição local, podendo reunir ainda mais interessados em colaborar, pois se trata de uma caridade que traz benefícios para uma comunidade ao lado de casa”, conta.

Cláudia Catherine também é responsável pela organização do Twestival no Rio de Janeiro, que selecionou a Sociedade Viva Cazuza para ser beneficiada pelas doações. A ONG, que passa por uma séria crise financeira, desenvolve um trabalho de apoio para crianças e adolescentes que nasceram com o vírus HIV. Eles recebem moradia, estudo e cuidados médicos.

“A instituição a ser beneficiada deve passar por avaliação da comissão internacional, que verifica a existência e o trabalho dela. A base da organização é toda feita pela internet, exceto o que não é possível ou viável, como a reunião para negociar e reservar o local físico do evento ou pegar algum produto com um apoiador”, comenta a coordenadora.

O encontro presencial é considerado um sucesso pelos twitteiros, pois, acostumados a conversar apenas pela internet, eles ganham uma oportunidade de conhecer os amigos digitais pessoalmente, como conta Felipe Augusto, organizador do Twestival Local, Natal (RN). “É uma ótima maneira de ter um contato mais humano com as pessoas e ver as caras por trás dos avatares. A mobilização social que começa na web é uma supertendência que já está acontecendo pelo mundo”, assegura. A ONG que será ajudada em Natal é o Grupo de Apoio a Crianças com Câncer (Gaac), que desenvolve trabalhos na região.


Para entender o surgimento do conceito do Twestival é preciso voltar para setembro de 2008, quando um grupo de internautas de Londres organizou o Harvest Festival. A intenção era ajudar mendigos da capital inglesa por meio da ONG The Connection. A expectativa para o evento era de uma audiência de até 40 pessoas, mas a lista de presença chegou a 250, comprovando o potencial do movimento, que se estendeu para outros países do planeta.


“Esse encontro do mundo virtual no real é sensacional. As pessoas se falam como velhos conhecidos. A importância das redes sociais no sucesso do projeto é vital para nosso trabalho”, complementa Cláudia Catherine.


Além de Rio de Janeiro e Natal, o Twestival Local estará nas seguintes cidades brasileiras: Bauru (SP), Belém (PA), Campinas (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP).

Para fazer doações ou colher mais informações sobre o Twestival Local no Brasil, seguem os sityes:
Bauru, Campinas, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Belém e Florianópolis.


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