Ao contrário do que alguns indivíduos pensam, a Comunicação Popular ou Comunitária é vista hoje por muitos estudiosos sob a ótica da democratização.
Se a analisarmos com todas as suas características peculiares, perceberemos que trata-se realmente de um microssistema dentro de um macrossistema.
O fato é que a comunicação popular e a comunicação de massa têm muito mais em comum do que se pode imaginar. As duas possuem focos específicos – senso que uma é permeada pelo mercantilismo e pela estandardização e a outra é cerceada pela necessidade de auto-afirmação, no que se refere à identidade dos moradores de determinada região.
Peruzzo(1998) revela que em muitos casos o dirigismo e o autoritarismo, tão abominados nas proposições da Comunicação Popular, estão tão intrínsecos que acabam tornando-se imperceptíveis em seu interior. As formas de participação utilizadas dentro da comunicação popular são semelhantes, e senão, idênticas as que são aplicadas de forma comumente em nossa sociedade – jornais, rádio, boletins, faixas, cartazes, pôsteres, cartilhas, entre outros.
A diferença é que a comunicação popular visa atingir a um número específico de indivíduos e a comunicação massiva, pautada pela indústria cultural abrange um universo global. Ao insucesso da comunicação comunitária em algumas regiões podem ser atribuídos diversos fatores, entre eles, a escassez financeira, a participação desigual, a incompetência técnica, mas principalmente, a seriedade dos assuntos.
A autora destaca o pouco espaço reservado para as amenidades pela comunicação popular impressa e radiofônica. Segundo ela a exploração insuficiente do lúdico, do humor e das expressões da criatividade popular faz com que os veículos tornem-se menos atrativos e pouco participativos. Os teóricos Max Horkheimer e Theodor Adorno em seu texto intitulado A Indústria Cultural, o iluminismo como mistificação das massas, apesar de contrários, admitem que o entretenimento fornecido pela Indústria Cultural é extremamente atrativo e contribui para a eficácia da disseminação do capitalismo, e conseqüente padronização da sociedade.
A globalização é inevitável e está aí para provar que a acessibilidade à tecnologia contribui de forma essencial para o crescimento dos movimentos populares. Os dois tipos de comunicação, portanto, podem ser definidos tanto como nocivos como benéficos à manutenção da ordem social.
Logo, o que definirá a real intenção dos discursos será o conteúdo das mensagens veiculadas e a forma como serão absorvidas pelos receptores, que na verdade já não exercem unicamente esse papel, pois a relação que se estabelece em ambos os processos comunicativos é cíclica, e a principal resultante, apesar de todos os percalços, é a conquista da cidadania. “[...] não constitui uma força predominante nem hegemônica na sociedade civil, mas está contribuindo para a democratização desta e da comunicação como um todo” (Peruzzo,1998 p.158).
Para ela, os dois tipos de comunicação estão mediados pela cultura e por esse motivo não podem ser independentes nem opostos.
A comunicação popular é de fato uma forma de os indivíduos de determinada localidade não só manterem vivas as suas raízes culturais, mas também demonstrar o posicionamento em relação aos problemas da coletividade e ainda manter o ideal de luta por uma sociedade justa.
Fabiana Oliveira, é estudante de jornalismo, autora deste blog e participa da disciplina de Comunicação Comunitária da Escola de Jornalismo da Estácio de Sá de Vitória.
Se a analisarmos com todas as suas características peculiares, perceberemos que trata-se realmente de um microssistema dentro de um macrossistema.
O fato é que a comunicação popular e a comunicação de massa têm muito mais em comum do que se pode imaginar. As duas possuem focos específicos – senso que uma é permeada pelo mercantilismo e pela estandardização e a outra é cerceada pela necessidade de auto-afirmação, no que se refere à identidade dos moradores de determinada região.
Peruzzo(1998) revela que em muitos casos o dirigismo e o autoritarismo, tão abominados nas proposições da Comunicação Popular, estão tão intrínsecos que acabam tornando-se imperceptíveis em seu interior. As formas de participação utilizadas dentro da comunicação popular são semelhantes, e senão, idênticas as que são aplicadas de forma comumente em nossa sociedade – jornais, rádio, boletins, faixas, cartazes, pôsteres, cartilhas, entre outros.
A diferença é que a comunicação popular visa atingir a um número específico de indivíduos e a comunicação massiva, pautada pela indústria cultural abrange um universo global. Ao insucesso da comunicação comunitária em algumas regiões podem ser atribuídos diversos fatores, entre eles, a escassez financeira, a participação desigual, a incompetência técnica, mas principalmente, a seriedade dos assuntos.
A autora destaca o pouco espaço reservado para as amenidades pela comunicação popular impressa e radiofônica. Segundo ela a exploração insuficiente do lúdico, do humor e das expressões da criatividade popular faz com que os veículos tornem-se menos atrativos e pouco participativos. Os teóricos Max Horkheimer e Theodor Adorno em seu texto intitulado A Indústria Cultural, o iluminismo como mistificação das massas, apesar de contrários, admitem que o entretenimento fornecido pela Indústria Cultural é extremamente atrativo e contribui para a eficácia da disseminação do capitalismo, e conseqüente padronização da sociedade.
A globalização é inevitável e está aí para provar que a acessibilidade à tecnologia contribui de forma essencial para o crescimento dos movimentos populares. Os dois tipos de comunicação, portanto, podem ser definidos tanto como nocivos como benéficos à manutenção da ordem social.
Logo, o que definirá a real intenção dos discursos será o conteúdo das mensagens veiculadas e a forma como serão absorvidas pelos receptores, que na verdade já não exercem unicamente esse papel, pois a relação que se estabelece em ambos os processos comunicativos é cíclica, e a principal resultante, apesar de todos os percalços, é a conquista da cidadania. “[...] não constitui uma força predominante nem hegemônica na sociedade civil, mas está contribuindo para a democratização desta e da comunicação como um todo” (Peruzzo,1998 p.158).
Para ela, os dois tipos de comunicação estão mediados pela cultura e por esse motivo não podem ser independentes nem opostos.
A comunicação popular é de fato uma forma de os indivíduos de determinada localidade não só manterem vivas as suas raízes culturais, mas também demonstrar o posicionamento em relação aos problemas da coletividade e ainda manter o ideal de luta por uma sociedade justa.
Fabiana Oliveira, é estudante de jornalismo, autora deste blog e participa da disciplina de Comunicação Comunitária da Escola de Jornalismo da Estácio de Sá de Vitória.
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