A Comunicação comunitária pode ser entendida a partir da quebra do paradigma de que a palavra popular esteja relacionada a povo, no sentido de população despolitizada. Ela vai além de bairrismo. Pode ser explicada sob o prisma da comunicação sem interesse mercadológico, ou seja, sem finalidade de lucro.
A Comunicação popular, como também é conhecida, está relacionada à voz de um grupo que possuem interesses afins, mas não têm a possibilidade de expressar suas idéias, pensamentos, sentimentos, protestos; por meio da mídia organizacional.
Essa forma de comunicação tem o compromisso com o desenvolvimento da comunidade. Além disso, é uma forma de interação da sociedade para a sociedade. A mensagem não é objeto de manipulação de um para todos, mas ferramenta de interatividade de todos com todos.
O que se trata na comunicação comunitária é o interesse particular com pensamento comum. A exemplo, anúncio de campanhas de saúde, matrícula nas escolas, vagas de emprego e outros que são de interesse comunitário. Outro objetivo é o incentivo dos integrantes desses grupos na participação da solução de problemas, uma espécie de mobilização social, de demanda reduzida, concentrada, já que está restrita a um grupo específico.
A comunicação popular ajuda ainda na valorização cultural local, na história, pois de certa forma acaba por conscientizar seus participantes de forma mais próxima. Deste modo as tradições não são facilmente perdidas, já que se tem uma aproximação maior entre as pessoas. O que não acontece diretamente com a comunicação de massa, em que é passada a informação de um pequeno grupo para uma população.
Kalyane Figueiredo é estudante de jornalismo, autora deste blog e participa da disciplina de Comunicação Comunitária da Escola de Jornalismo da Estácio de Sá de Vitória.
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